A lógica da borbulha.
Tens uma borbulha na cara, o que fazes?
Podes usar um pouco de base para a tapar, esqueceres que ela está lá e mais ninguém a pode ver.
Ou, por outro lado, podes tira-la, fazes uma esfoliação, pões um creme e secas até à raiz para que não volte a nascer. Pode doer um pouco na pele mas não volta a aparecer. As outras pessoas podem ver que tens a borbulha, mas está a secar e mais tarde já não está lá nada.
Assim é com a psiquiatria e a psicologia.
A psiquiatria é a "base" para esconder o problema. Em vez de tons de pele, tens os tipos de drogas. É rápido, indolor e ninguém fica a saber o que está por trás. Mas se tiras a base, se tiras as drogas, o problema continua lá.
Na psicologia, esfoliam o problema, trazem-no ao de cima e secam-lhe a raíz. pode ser doloroso, demorado, angustiante, mas quando acaba, não há problema a esconder.
Também há quem combine o uso de um creme secante com a base. Não querem que o outro veja mas estão a tratar da borbulha.
O mesmo poderia acontecer se a psicologia e a psiquiatria dialogassem mais. O paciente seria o mínimo medicado, apenas para suportar o desgaste do trabalho psicoterapêutico, não disfarçar o problema, apenas amenizar o seu impacto na vida do sujeito para que o trabalho do psicólogo surtisse efeito ainda mais rapidamente.
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